terça-feira, 20 de outubro de 2009

ALUNOS COBRAM SEGURANÇA EM ESCOLA





Edição do dia 20/10/09 do Jornal Diário do Pará

A insegurança tem afetado a vida da comunidade da Escola Lauro Sodré, no bairro da Pedreira. Alunos, professores e funcionários tem muitas histórias pra contar a respeito de repetidos episódios de assaltos, roubos, e outros delitos nas imediações da escola. A situação chegou ao limite na semana passada, quando um professor foi feito refém em um sequestro relâmpago, que começou quando ele saia da escola, ao final de seu turno de trabalho.
Ontem foi realizada uma reunião de toda a comunidade escolar com o major da Polícia Militar Jorge Vasconcelos, comandante da Companhia Independente de Policiamento Escolar (CIPOE). O major respondeu às perguntas e até às críticas de alunos e professores sobre o policiamento ineficaz na área da escola.Ele garantiu que dois policiais ficarão a postos na escola durante todo o turno da noite (de 17h às 23h) e que as rondas ostensivas no local serão intensificadas.
Para o professor Gerson Vasconcelos, vítima do sequestro relâmpago e que passou cerca de 20 minutos como refém dos criminosos, a insegurança se reflete no processo de ensino e aprendizagem dentro da escola. "O clima é tenso, quando vai se aproximando das 23h, os alunos começam a pressionar o professor para que ele libere a turma, e isso acaba gerando um conflito entre professore e aluno", diz o docente.
O estudante da turma da noite Niltom Moreira conta que já foi vítima de três assaltos. No último em agosto, além de ter seu dinheiro tomado pelos assaltantes, ele também foi agredido. "Nós temos medo. A gente pode ser vítima tanto na frente da escola, quanto indo para a parada do ônibus, e pode ser que até aqui dentro da escola já haja perigo", diz o estudante.

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